ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA DO PERFIL DE PACIENTES ACOMETIDOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO BRASIL

Resumo

O Infarto Agudo do Miocárdio – IAM representa um grave problema de saúde pública e é caracterizado pelo desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio nos miócitos, que levam a necrose tecidual e, consequentemente, a disfunção cardíaca de graus variados. Reconhecer o perfil de vítimas do IAM contribui para a ampliação do conhecimento e possibilita estratégias de educação em saúde melhorando a qualidade e expectativa de vida. Diante disto, esta pesquisa objetivou, principalmente, a análise do perfil de usuários acometidos por IAM no Brasil, a partir desta investigação foram delineados os objetivos secundários que se relacionam diretamente com o tema proposto, são eles: diferenciar os fatores de risco modificáveis e não modificáveis; correlacionar os gêneros e as características analisadas; e determinar a influência de fatores psicológicos no desencadeamento do IAM. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de revisão integrativa baseando-se essencialmente em 9 referencias que foram apresentadas, discutidas e comparadas com outros estudos. Em suma, verificou-se que 83% dos itens analisados constituíam fatores de risco mutáveis e apenas 17% fatores imutáveis, predominando na amostra o sexo masculino de idade entre 60 a 65 anos, sedentários e tabagistas, a Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS mostrou-se mais prevalente, enquanto o Diabete Mellitus - DM, se correlacionou com o maior índice de mortalidade, as alterações lipídicas contou com um amostras expressivas, predominaram pacientes acima do peso, na correlação entre gêneros a média de idade de acometimento é inferior no sexo masculino, os homens apresentaram-se mais sedentários e maiores consumidores de álcool e tabaco, a HAS e alterações lipídicas predominaram no sexo feminino, o IMC e a circunferência de pescoço representaram risco aumentado no sexo masculino, contudo, na circunferência abdominal e de cintura e na razão cintura estatura e cintura quadril o sexo feminino, estatisticamente, manifestava maior risco, o estresse constituiu uma importante queixa associada ao IAM, foi evidenciado que, juntamente com a depressão e ansiedade podem potencializar fatores de risco relacionados aos hábitos prejudiciais à saúde. Por fim, apesar da deficiência de avaliações de alguns aspectos significativos para o desencadeamento do IAM, esta pesquisa revelou tendências relevantes que favorecem o rastreamento de possíveis vítimas da doença permitindo intervenções pelos profissionais de saúde, enfatizando a atuação de enfermagem na promoção de estratégias de educação.